Amor patológico é mais comum do que se pode imaginar
Ah, o amor… Todos querem viver um grande amor, não adianta negar. Todos buscam alguém para chamar de seu, um companheiro ou companheira para todas as horas, alguém para amar e ser amado. O amor é um sentimento sublime e, quando é verdadeiro, só quer ver o outro feliz. Mas, cuidado: amor exagerado pode se tornar doentio e se configurar em amor patológico, aquele que prende, sufoca. Neste caso, a pessoa precisa da ajuda de um psicólogo para que esse amor seja entendido e tratado.
Existem várias formas de amor e cabe a nós termos a capacidade de reconhecer como amamos e somos amados. Depois de algum tempo juntos, o amor pode se transformar em hábito. Sim, ele está sempre ali, disponível, ao nosso lado, já virou rotina, nem sabemos se estamos juntos porque realmente amamos ou por costume.
Por outro lado, existe também aquele amor possessivo. É quando a pessoa se sente a dona do outro, que só pensa e só cuida do outro. Nos dois exemplos vale a análise: Realmente amamos o outro? Ou ele simplesmente se tornou parte de nós e de nossa vida? Como é esse amor? Será que amo ou só necessito do parceiro? E, em alguns casos, vale sim a pergunta: será que sofro de amor patológico?
O que é amor patológico?
No início de um relacionamento surge a paixão, com seu amor fulminante, mas que dura em média de 6 meses a 2 anos. Neste período, podemos apresentar alterações cerebrais, como perda de foco, perda de apetite e outros sintomas.
Mas o amor se torna obsessivo quando não conseguimos fazer mais nada além de pensar no outro e vigiá-lo o tempo todo. A ideia de ser trocado ou abandonado é insuportável e inaceitável. E fazemos tudo para agradar, a ponto de sufocar o parceiro. Aí já se trata de amor patológico.
O amor patológico é uma doença e causa dependência, como uma droga (só que, neste caso, a droga é o próprio ser amado). A pessoa deixa tudo: afazeres, família, amigos e passa a se preocupar apenas com o parceiro. O amor passa a ser um vício.
Segundo pesquisas, no amor compulsivo as mesmas áreas do cérebro responsáveis pela obsessão são ativadas, provocando uma sensação química que gera crises quando se está longe do objeto amado.
Ajuda psicológica para dosar o amor
Só é possível tratar o amor patológico quando admitimos que estamos fora de controle. Infelizmente, o normal é procurar ajuda somente quando o relacionamento está muito ameaçado ou quando já terminou. Quando vira doença, o amor vem associado à quadros depressivos, fobias e ansiedade. Por isso precisa ser tratado por psicólogo, através de terapia.
A terapia cognitiva comportamental aplicada por um psicólogo, aliada à utilização de remédios – prescritos por médicos -, como antidepressivos e estabilizadores de humor, auxilia o compulsivo a mudar sua forma de amar.
Atitudes para equilibrar o amor e manter a relação saudável
Existem atitudes que podemos tomar para manter o relacionamento em equilíbrio. Vamos ver algumas delas:
- Se amar em primeiro lugar, mais do que ao outro;
- Não se relacionar com alguém apenas para preencher um vazio;
- Ter prazeres na vida independentemente da presença do parceiro;
- Se conhecer para saber o que quer na vida e qual tipo de relacionamento quer ter;
- Ter consciência que o parceiro tem que ser um cúmplice, alguém que vem para complementar e não preencher lacunas.
O amor é um sentimento nobre e puro, que deve ser vivido com toda intensidade, mas de maneira saudável e equilibrada.
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