Atividade física e saúde mental: o que elas têm em comum?
Os psicólogos têm cada vez mais notado, em seus consultórios, que a atividade física moderada e, principalmente, praticada de forma regular, estimula não tão somente o coração e os músculos de uma maneira geral, mas também a capacidade mental de seus pacientes. Ela ajuda as crianças a se desenvolverem melhor intelectualmente e auxilia os adultos no combate à depressão, diminuindo também o declínio intelectual relacionado ao envelhecimento.
A atividade física ao longo do tempo
A atividade física não é nenhuma novidade na vida das pessoas. O que é novo, sim, é o incentivo à prática regular e constante de exercícios físicos.
No passado mais distante, o esforço físico era necessário para a sobrevivência, por meio da caça pela procura por alimentos, por exemplo. Já num passado mais recente, muitas pessoas também se movimentavam mais para se deslocar – graças ao sistema de transporte mais precário que o atual – seja quando trabalhavam em fábricas ou na colheita no campo. Mesmo nas atividades domésticas o esforço era maior, pois havia muito menos eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos do que hoje em dia.
Com o avanço da tecnologia, foram diminuindo as necessidades de atividades físicas. Novos estilos de vida foram proporcionados por mais facilidade na hora da realização de tarefas. Mas, os estudos científicos foram se desenvolvendo no sentido de mostrar o quanto é importante a continuidade da atividade física, tanto para o bem-estar do corpo quanto para a mente.
Os benefícios para a mente
A atividade física constante e regular, além de ajudar na estética corporal, atua significativamente no campo psicológico. Ela é fundamental para a melhora da qualidade do sono, na capacitação da memória e no senso de humor. Por todas essas razões, influencia positivamente na disposição das pessoas.
O avanço tecnológico, as pressões no trabalho e a preocupação econômica levam os indivíduos a cada vez mais apresentarem problemas de ordem emocional. Aí que entram os benefícios da atividade física.
Comprovadamente, o exercício aeróbio – especialmente – produz efeitos antidepressivos e protege o organismo como um todo, afastando os efeitos prejudiciais do estresse mental.
No tratamento da ansiedade
Muitos estudos realizados nos últimos anos também têm demonstrado que os exercícios de resistência moderados têm efeitos positivos, não só no corpo, mas fundamentalmente sobre o cérebro.
A atividade física estimula, estabiliza e protege o nosso condicionamento mental. Por meio dela, várias substâncias são produzidas, ativando a circulação sanguínea e, consequentemente, as funções cerebrais.
Os exercícios aeróbios em pacientes ansiosos, por exemplo, devem ser realizados com um programa de treinamento físico progressivo, regular, controlado e sempre com acompanhamento de um profissional. Ele vai monitorar a intensidade de acordo com cada pessoa. Recomenda-se, ainda, a avaliação psicológica e, se for recomendado, o acompanhamento terapêutico com um psicólogo.
A atividade física não somente trata doenças de fundo psicológico, como ajudam a preveni-las. Cada vez mais especialistas concluem que o aumento de exercícios físicos é diretamente proporcional à diminuição de medicamentos, sejam eles químicos ou fitoterápicos.
Um esforço que vale a pena
E não pense que para a prevenção e cura de muitos desses males, você vai precisar ficar horas e horas, dias após dias, numa academia a ponto de se esgotar. Se bem acompanhado por bons profissionais, isto ocupará algumas horas da sua semana e acabará se integrando à sua rotina. E, depois, ótimos resultados logo aparecerão.
Autora: Thaiana Brotto (Psicóloga CRP 06/106524)
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